Em que fado é que me espelho?
Quando os raios de sol sinto...
Quando a lua vem pratear!
Meus passos num labirinto.
Cabelos soltos ao léu...
E os passos naquele cais,
Ancorados naquele céu...
Fados que são tão banais...
Em que fado é que me espelho?
Quando a voz que tenho é rouca?
E o espelho me diz.Sou velho...
E me deixa a alma louca?
Esta alma que é Lusitana,
Lusitana e tem valor...
Qual o espelho que me engana?
Tapa-me o sol e o calor!
Ao cantar o trovador,
Á janela da sua amada,
Acorda pra vida o amor...
Amor, em vida espelhada.
Porquê mente espelho meu?
Pondo turva a minha mente,
Este fado não é teu...
É só meu, tão simplesmente!
Cecília Rodrigues
21-05-2010-Portugal